Aqui é onde salvo e publico meus artigos pessoais. Obrigada por ler!
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Você já parou para ouvir o seu corpo hoje? Não me refiro apenas ao cansaço físico ou à fome, mas à comunicação mais sutil que acontece o tempo todo, sem que você perceba.
Seus ombros pesam, seu estômago revira, seu coração acelera. Isso é só biologia? Ou será que seu corpo sabe de algo que sua mente insiste em ignorar?
O autoconhecimento de verdade não começa com pensamentos, mas com sensações. Se você acha que se conhece apenas porque já fez terapia, respondeu testes de personalidade ou meditou por 15 minutos outro dia, talvez esteja se enganando. Você pode saber muito sobre você, mas será que realmente se percebe?
O corpo fala. Não só na linguagem corporal que aprendemos a interpretar nos outros, mas em códigos internos que estamos constantemente ignorando.
❍ Dor nas costas? Talvez você esteja carregando mais do que deveria.
❍ Tensão no maxilar? Você engole palavras que deveria expressar.
❍ Problemas digestivos? Algo na sua vida está “indigesto”.
Isso é corpo terapia. É ouvir o que seu corpo está gritando, sem precisar de uma crise para perceber que algo não está certo.
Você já sentiu que sua mente quer algo, seu coração deseja outra coisa e seu corpo se recusa a agir? Isso acontece porque dentro de você existem três centros de inteligência brigando pelo controle da sua vida:
1️⃣ Centro Intelectual: Pensamentos, lógica, planejamento. O narrador interno que analisa e justifica tudo.
2️⃣ Centro Emocional: Sentimentos, intuição, conexões humanas. Aquele que se parte e se expande a cada experiência.
3️⃣ Centro Físico: Instintos, ação, sobrevivência. O que reage antes mesmo de você pensar.
Se um domina os outros, você desequilibra:
– Muito no intelecto: Racionaliza tudo e se desconecta do sentir.
– Muito no emocional: Se afoga em sentimentos e perde clareza.
– Muito no físico: Age impulsivamente, sem refletir.
Você precisa equilibrar os três centros para realmente se conhecer. E para isso, precisa se observar.
Pausa. Feche os olhos. Pergunte-se:
✔ O que minha mente está dizendo agora? (Observe os pensamentos sem julgá-los)
✔ O que meu corpo está sentindo? (Tensão, relaxamento, calor, frio?)
✔ O que meu coração está tentando me mostrar? (Tem algo pesado? Algo leve?)
Agora, escolha uma ação baseada no que percebeu.
Se você nunca escuta seu corpo, ele vai gritar.
Se você nunca escuta seu coração, ele vai fechar.
Se você nunca escuta sua mente, vai agir no piloto automático.
Você pode ler todos os livros de autoconhecimento, estudar filosofia, assistir a palestras e consumir conteúdos transformadores. Mas se você não se observa, não está se conhecendo — está apenas acumulando informação sobre si.
A maioria das pessoas vive em um estado de acreditar que são livres e conscientes, quando na verdade estão apenas repetindo padrões. O autoconhecimento não é uma teoria, é um diálogo com a própria existência. E para ouvir as respostas certas, primeiro você precisa fazer as perguntas certas.
O seu eu verdadeiro ou um amontoado de reações automáticas?
► Você escolhe o que sente ou apenas reage ao que acontece?
► Você pensa por si mesmo ou apenas repete ideias que absorveu?
► Você age conscientemente ou só se movimenta no piloto automático?
Sócrates dizia: “Conhece-te a ti mesmo.” Mas a verdade é que ninguém se conhece sem desconstruir tudo o que acredita ser. Você não pode descobrir quem realmente é enquanto estiver preso à imagem que construiu de si mesmo.
Segundo Dom Ruiz, carregamos um conjunto de crenças e condicionamentos que moldam nossa identidade desde a infância. Você acredita que é sua personalidade, mas e se essa personalidade for apenas um reflexo do que disseram que você deveria ser?
“Onde há um conflito interno, há uma mentira sendo sustentada.”
Seus três centros – intelectual, emocional e físico – estão sempre conversando, mas raramente em harmonia.
🧠 Sua mente diz: “Eu deveria fazer isso.”
❤️ Seu coração diz: “Eu não sinto que isso é certo.”
⚡ Seu corpo diz: “Estou travado, não consigo agir.”
Se esse conflito existe, é porque você está preso entre o que pensa que deveria ser e o que realmente é.
A mente pode ser um instrumento de libertação ou uma prisão, dependendo de como você a utiliza. Se sua mente está no controle, você sempre encontrará desculpas. Se seu corpo está no controle, você será escravo de impulsos. Se suas emoções estão no controle, sua vida será uma montanha-russa de altos e baixos.
O equilíbrio acontece quando você para de se identificar com apenas um centro e começa a ouvi-los de forma consciente.
Nietzsche dizia: “Torna-te quem tu és.” Mas como se tornar algo que você sequer conhece?
O maior inimigo do autoconhecimento é a ilusão.
A ilusão de que você já sabe quem é.
A ilusão de que está no controle.
A ilusão de que pode mudar sem enfrentar sua própria escuridão.
A maioria das pessoas não quer se conhecer, quer apenas uma versão mais confortável de si mesma. Quer acreditar que pode mudar sem desconstruir nada. Mas Nietzsche nos lembra: “Aquele que luta com monstros deve ter cuidado para não se tornar um.”
Autoconhecimento exige coragem. Não é sobre se tornar alguém melhor, é sobre destruir o que não é seu para que possa existir de forma autêntica.
O autoconhecimento não vem das respostas, mas das perguntas certas.
Se quiser se conhecer de verdade, tente responder:
► O que em mim é aprendizado e o que é essência?
► Quais padrões eu repito sem perceber?
► Quem sou eu sem os rótulos que me deram?
► O que meu corpo sabe que minha mente ignora?
► Se eu não tivesse medo, o que eu faria?
Perguntas poderosas exigem coragem para serem respondidas.
Autoconhecimento não é um conceito bonito para ser discutido, é um processo prático, visceral e às vezes doloroso.
“Se você quer acordar, o primeiro passo é perceber que está dormindo.”
📌 Então eu te pergunto: você já começou a acordar?
Se você chegou até aqui, já deu um passo importante: questionar a si mesma e perceber que há algo além da superfície. Mas o verdadeiro autoconhecimento não acontece apenas na teoria. Ele exige um método, prática e aplicação real no dia a dia.
O que te impede de realmente se transformar não é falta de conhecimento, mas sim a falta de um caminho estruturado para aplicá-lo.
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